Últimos dias da exposição “Sua Mata, Sua Casa’’ em Maceió. Salvador é a próxima capital a sediar a iniciativa
A exposição interativa “Sua Mata, Sua Casa” permanece em Maceió até esta quinta (31/03), no Maceió Shopping, das 10h às 22h. Em abril, é a vez de Salvador receber a mostra, que estará aberta à visitação na capital baiana a partir do dia 7 de abril (sexta), no 1° piso do Shopping Barra. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos, das 12h às 20h. A cerimônia de abertura acontece às 19h do dia 7 de abril. O projeto comemora os 25 anos da SOS Mata Atlântica e destaca como essa floresta está relacionada ao dia a dia dos brasileiros. Os visitantes podem aprender mais sobre a Mata de maneira divertida e interativa, através de instalações, iPADs, mesas multi-touch, etc. Completam a programação outras atividades como shows, bike reportagens, debates sobre políticas públicas, etc. A iniciativa conta com o patrocínio de Bradesco Cartões e Natura e apoio local dos shopping centers.
Fonte: SOS Mata Atlântica
quarta-feira, 30 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
Segundo cientista, existe Mata Atlântica no Piauí. Saiba onde!
A polêmica sobre a existência de Mata Atlântica no Piauí ganhou um forte reforço com a divulgação de uma entrevista com a arqueóloga Niéde Guidon, que confirma textualmente a presença da floresta tropical no interior do estado. A constatação é fruto das pesquisas de sua equipe que durante quatro décadas estudou profundamente as características naturais da região da Serra da Capivara, realizando inclusive um inventário da flora.
Em uma ampla entrevista veiculada por uma emissora de televisão de Teresina, Niéde Guidon explicou a ocorrência dessa formação vegetal e foi além, afirmando que o Piauí abriga não apenas elementos da Mata Atlântica como também da floresta amazônica. E para provar isso, ela indicou um biólogo de sua equipe que foi ao campo mostrar aos repórteres algumas espécies da Mata Atlântica em plena caatinga. Os estudos que comprovam a Mata Atlântica no Piauí foram coordenados pela botânica francesa Laure Emperaire.
Para os ambientalistas, a entrevista de Niéde Guidon, derruba a estratégia do secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, que vem realizando uma forte campanha para convencer a população piauiense de que não existe Mata Atlântica no estado. Dalton vai além e afirma que já pediu ao IBGE para retirar o Piauí do mapa da Mata Atlântica, como se isso fosse uma decisão meramente política.
Segundo o biólogo Francisco Soares, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e da Fundação Rio Parnaíba (FURPA), Dalton Macambira, está preocupado mesmo é com a aplicação da Lei n° 11.428 que regulamenta a Mata Atlântica e impede empreendimentos que causem destruição ao meio ambiente, caso do projeto de carvão vegetal da empresa JB Carbon S/A, na região da Serra Vermelha.
“O secretário Macambira já foi desmoralizado algumas semanas atrás com um artigo da promotora Carmem Almeida, que é especializada em direito ambiental pela PUC do Rio de Janeiro e já foi a curadora de Meio Ambiente do Piauí. Agora, foi a vez de uma cientista que pesquisa há 40 anos no Piauí confirmar a existência de Mata Atlântica no sertão. O que Dalton vai dizer agora?”, questiona o biólogo.
Para o representante da FURPA, o único argumento que o secretario de Meio Ambiente utiliza para afirmar que não existe a Mata Atlântica no Piauí, é um estudo realizado pelo professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Alberto Jorge. “O problema, é que esse estudo foi pago pelo empresário João Batista Fernandes, da JB Carbon, e os levantamentos foram realizados exclusivamente na área do projeto Energia Verde, na Serra Vermelha”, denuncia Francisco Soares.
Para o jornalista e ambientalista Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), o Piauí vai contra o restante dos estados brasileiros que sentem orgulho de possuir a vegetação de Mata Atlântica em seu território. “Só existe uma explicação para a atitude do secretário Dalton Macambira: interesses econômicos contrariados. Não é a toa que Dalton Macambira acaba de ser condenado pela Justiça Federal do Piauí”, finalizou.
Em uma ampla entrevista veiculada por uma emissora de televisão de Teresina, Niéde Guidon explicou a ocorrência dessa formação vegetal e foi além, afirmando que o Piauí abriga não apenas elementos da Mata Atlântica como também da floresta amazônica. E para provar isso, ela indicou um biólogo de sua equipe que foi ao campo mostrar aos repórteres algumas espécies da Mata Atlântica em plena caatinga. Os estudos que comprovam a Mata Atlântica no Piauí foram coordenados pela botânica francesa Laure Emperaire.
Para os ambientalistas, a entrevista de Niéde Guidon, derruba a estratégia do secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, que vem realizando uma forte campanha para convencer a população piauiense de que não existe Mata Atlântica no estado. Dalton vai além e afirma que já pediu ao IBGE para retirar o Piauí do mapa da Mata Atlântica, como se isso fosse uma decisão meramente política.
Segundo o biólogo Francisco Soares, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e da Fundação Rio Parnaíba (FURPA), Dalton Macambira, está preocupado mesmo é com a aplicação da Lei n° 11.428 que regulamenta a Mata Atlântica e impede empreendimentos que causem destruição ao meio ambiente, caso do projeto de carvão vegetal da empresa JB Carbon S/A, na região da Serra Vermelha.
“O secretário Macambira já foi desmoralizado algumas semanas atrás com um artigo da promotora Carmem Almeida, que é especializada em direito ambiental pela PUC do Rio de Janeiro e já foi a curadora de Meio Ambiente do Piauí. Agora, foi a vez de uma cientista que pesquisa há 40 anos no Piauí confirmar a existência de Mata Atlântica no sertão. O que Dalton vai dizer agora?”, questiona o biólogo.
Para o representante da FURPA, o único argumento que o secretario de Meio Ambiente utiliza para afirmar que não existe a Mata Atlântica no Piauí, é um estudo realizado pelo professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Alberto Jorge. “O problema, é que esse estudo foi pago pelo empresário João Batista Fernandes, da JB Carbon, e os levantamentos foram realizados exclusivamente na área do projeto Energia Verde, na Serra Vermelha”, denuncia Francisco Soares.
Para o jornalista e ambientalista Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), o Piauí vai contra o restante dos estados brasileiros que sentem orgulho de possuir a vegetação de Mata Atlântica em seu território. “Só existe uma explicação para a atitude do secretário Dalton Macambira: interesses econômicos contrariados. Não é a toa que Dalton Macambira acaba de ser condenado pela Justiça Federal do Piauí”, finalizou.
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