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Foto Raquel Rodrigues
Representantes das catadoras de mangaba do Estado de Sergipe estiveram em reunião na sede da Embrapa Tabuleiros Costeiros, na quinta-feira (14 ) com o objetivo de discutir as atividades do novo projeto aprovado pelo CNPq que objetiva capacitá-las a extração e/ou cultivo da mangaba de forma sustentável, ao manejo pós-colheita e o reforço da organização e busca às soluções de problemas.
O projeto, coordenado pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Josué Francisco da Silva Júnior, tem a parceria da Embrapa Amazônia Oriental e terá como resultado a capacitação de 30 mulheres catadoras de mangaba no uso de tecnologias que envolvem a extração ou plantio até a cadeia final, o comércio e o estímulo ao debate, a organização e às soluções. Um livro está previsto e já tem um título: A História das Catadoras de Mangaba de Sergipe.
Base de sustento
A coleta da Mangaba é a base de sustento de mais de 5 mil famílias em situação de vulnerabilidade social, só no litoral sergipano. Devido à crescente dificuldade de acesso às mangabeiras em decorrência da expansão imobiliária e das fronteiras agrícolas, o fruto está cada vez mais escasso. Outro problema enfrentado pelas catadoras é a dificuldade de comercialização do produto.
As catadoras estão conquistando visibilidade inclusive nacional, pois se fazem ouvir junto às autoridades e, recentemente, na Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais. Além do apoio das duas unidades da Embrapa, o movimento conta com a Universidade Federal do Pará, do Incra-SE, e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
“O projeto melhora a comunicação entre as catadoras, pois a colheita está cada vez mais difícil. Queremos mais respeito e possibilidade de trabalhar” disse a catadora Maria Domingos da Anunciação, a Ninha, do povoado Alagamar, do município de Pirambu.
Patrícia Santos de Jesus, presidente do Movimento das Catadoras de Mangaba, disse que com capacitação e ao se tomar conhecimento das possibilidades de preservação e de exploração sustentável fica mais fácil reivindicar os direitos. "As possibilidades estão se expandindo, pois já pensamos em capacitação oferecida pela Resex/RDS organização que cuida das reservas extrativistas", complementou.
Ivan Marinovic Brscan MTb 1634/09/58/DF
Embrapa Tabuleiros Costeiros
ivan@cpatc.embrapa.br
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